Da tradicional Praça Ary Müller ao adro da Imaculada, descubra a diversidade de espaços públicos na cidade
Em uma definição bastante ampla, praça é qualquer espaço público urbano livre de edificações e que possibilite a convivência e/ou recreação para seus usuários. No Brasil, a ideia de praça normalmente está associada à presença de verde e ajardinamento urbano.
Em Dois Vizinhos temos alguns exemplos de praças com esse conceito. A mais antiga delas é a Praça Ary Jaime Müller que já se chamou Praça Adhemar da Costa Machado e erroneamente chamada de “praça do quinhentos”, “praça da bíblia”, “praça da igreja Santo Antonio”, “praça das pombas” ou “praça do palanque oficial”. Também a temos a Praça da Amizade, a primeira criada por lei (Lei 046/1971), equivocadamente denominada “praça do pedágio”, “pracinha” ou “praça bier hauss”.
Por outro lado, os espaços públicos similares às praças europeias medievais, que normalmente se formaram a partir dos pátios das igrejas e mercados públicos, são comumente chamados de adros (espaço aberto ou fechado em frente ou ao redor de uma igreja) ou largos ("praça seca", sem vegetação). Neste caso, temos o Largo Gregório Nicaretta, em frente à Igreja Imaculada Conceição, que seria um adro, mas também é conhecido como Praça Gregório Nicaretta, mas erroneamente chamada de “praça da imaculada”, “praça do papai-noel” ou “praça do sul”.
Também há uma série de jardins urbanos que surgem devido ao traçado viário das cidades (como as rotatórias e canteiros centrais de avenidas) e acaba recebendo o título de praça, como é o caso da Praça Genuir Zotti, na Avenida México, incorretamente conhecida como “praça redonda” devido ao seu formato. Outras duas praças que passam desapercebidas na cidade e muitos sequer lembram ou sabem a denominação são, a Praça Honoir Antonio Peretto, no início da escadaria colorida da Rua Wenceslau Braz (ao lado do Hotel Requinte) e a discreta Praça Inspiração, junto ao Parque Lago Dourado. Em geral, este tipo de espaço está associado à ideia de haver prioridade ao pedestre e não acessibilidade de veículos.
Essas praças, adros e espaços similares refletem a diversidade da cidade, unindo vegetação, arborização e, em alguns casos, equipamentos recreativos como playgrounds, recantos para estar, equipamentos para ginástica, bancos e mesas, etc., como é o caso do Parque Lago Dourado e do Lago da Paz, que embora não sejam concebidos como praças, fazem essa função social. Cada um desses locais conta sua própria história, agregando valor ao cotidiano dos moradores e proporcionando ambientes que valorizam a interação e o lazer. Do verdejante ao contemplativo, cada espaço contribui para a identidade única de Dois Vizinhos.